A leitura de qualidade é um meio sem igual de desenvolvimento humano. Ler não é apenas decodificar letras e formar palavras. É sobretudo, compreender, interpretar, refletir. Alfabetizar-se, portanto, vai muito além de aprender a escrever o próprio nome. Significa estabelecer uma relação crítica, criativa e emancipadora com a linguagem escrita, o que repercute diretamente na formação da consciência cidadã e na capacidade de atuação no mundo.

Infelizmente ainda convivemos com índices preocupantes de alfabetismo funcional. Muitas pessoas, embora escolarizadas, não desenvolvem plenamente as competências de leitura e escrita necessárias para exercerem, de modo autônomo e consciente, sua cidadania. Daí a importância de iniciativas que contribuam para a promoção da leitura como prática quotidiana, acessível e significativa, especialmente entre crianças e jovens. Essa responsabilidade, no entanto, não deve recair apenas sobre a escola formal. Trata-se de um compromisso coletivo que envolve toda a sociedade: pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas.

Foi com esse espírito que recebi, com imensa alegria, a notícia da criação da Casa da Leitura de Campos Altos, inaugurada no dia 2 de abril de 2025. Trata-se de uma iniciativa individual e visionária da professora Carol Fedatto, doutora em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e integrante do conselho executivo do Instituto Emília, sediado em São Paulo, capital. A Casa da Leitura funciona em uma edícula localizada nos fundos do imóvel da Rua Coronel Frederico Franco, nº 270, no Centro de Campos Altos. Este endereço me é especialmente caro, pois sou o locatário da frente do mesmo imóvel, que é a sede do 1º Cartório de Campos Altos, do qual sou o Oficial titular há quase 18 anos. Para minha alegria e honra, serei vizinho de uma iniciativa inédita em Campos Altos e região.

Ainda que eu não saiba em detalhes as normas de funcionamento da Casa da Leitura, sei que ela surge como uma biblioteca comunitária voltada ao público infanto-juvenil. Livros cuidadosamente selecionados por Carol Fedatto estarão à disposição de forma universal e gratuita, promovendo o acesso à literatura de qualidade e à formação leitora dos campos-altenses desde cedo. A biblioteca comunitária funciona de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 18h00, e acolhe a todos, sem distinção de idade ou origem, sob a gentileza e competência de Júlia Barros, responsável pelo atendimento.

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Para quem desejar conhecer mais, basta visitar o espaço ou acessar o perfil virtual @casadaleitura.kz nas redes sociais. Trata-se de um projeto que merece de todos o apoio, a divulgação e – acima de tudo – aplausos.

Faço votos para que a Casa da Leitura de Campos Altos cresça, floresça e inspire outras tantas bibliotecas comunitárias pelo Brasil afora, sendo um espaço de encontros, descobertas e encantamento. Desejo-lhe vida longa e muito sucesso!